Se você está lendo esta matéria, é porque o mundo não acabou
em 2012. Que bom não é, pois temos a oportunidade de escrever uma bela história
de nossas vidas neste novo ano que se inicia.
Como escrevi na edição de dezembro, estamos em preparação
para a JMJ (Jornada Mundial da Juventude) que acontece em julho deste ano.
O musical “A Missa da minha vida” já esta sendo preparado
para ser nossa contribuição cultural para esse evento da Igreja, que vai reunir
gente de todo o mundo na cidade do Rio de Janeiro.
Por isso, daqui para as próximas edições desta revista,
quero partilhar um pouco dessa preparação e algumas curiosidades que estão fazendo desse musical mais um marco na
história da arte da Toca de Assis.
Uma das novidades mais surpreendentes é a utilização de dois
idiomas para os textos e musicas: Português e Latim. O Latim, que é a lingua
oficial da Igreja, será muito utilizado neste musical, para transmitir esse
sentimento de unidade entre todas as nações. Como o roteiro propõe uma alusão a
Santa Missa, a utilização do Latim nos textos e música, transmitirá ao
espectador uma riqueza de conteudo singular.
Inusitado? Ousado? Quem imaginou sentar-se numa platéia para
assistir um musical falado e cantado em latim? Minha proposta é apresentar uma
cultura compreensível, sem a utilização de muitas legendas e explicações. Mais
não se preocupe achando que não vai entender, pois este roteiro, totalmente
repaginado, com uma grande carga de simbolismos, é facilmente absorvido pelos
espectadores, pois remete à vida de cada um.
Para agussar nossa curiosidade, segue abaixo um pequeno
trecho do roteiro:
Acaiah – Não desvie
teu rosto! Precisa enfrentar essas cicatrizes. Tua vida passa por aqui…teu
caminho passa por esse vale. São feios sim, mais são teus. Tu os geraste. Tu os
escolheste. Aqui etão tuas escolhas. Trocastes o belo por essas fétidas
figuras. Com elas viveste teu prazer e tuas delícias (neste momento, olhando
para as figuras, Henoque começa a chorar e cai de joelhos). Agora queres
desviar o olhar? … (Acaiah canta esse
refrão)
“Aufer a nobis, quaesumus, Domine, iniquitates nostram: Ut ad sancta
sanctorum puris mereámur méntibus intróire.”
Para esse início de ano minha dica é o filme “O príncipe do deserto”. A
luta entre tradição e modernidade de um país fragmentado em pequenas tribos, é
ricamente demonstrada nesse filme que nos leva a um questionamento: “O que o
dinheiro pode comprar tem verdadeiro valor?” O fime “O principe do
deserto”, que na tradução literal seria
“Ouro negro”, mostra a luta de um jovem entre dois reinos, entre dois pais,
entre duas formas de ver a mesma coisa, para encontrar seus proprios ideais e
sua propria identidade. Nesta terra que recebe o nome de “casa de Deus”, o
jovem Auda (Tahar Rahim) mostra que a paz vale mais que a guerra. “Será que
Deus se alegra por nos ver brigando em seu nome?”
Irmão Tarcísio, FPSS
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